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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Caminhos e Vidas - partimos (rumos às novas) perspectivas -PT I




















Uma flor de pureza
De Alvura
Que se transforma em beleza
Em chama pura

Vermelha como inquietante
Apenas só
Entre a água da vida errante

Com seus espinhos
Como ninhos
Dos pássaros antigos
Agora vazios

Esta flor
De semente original
Com sua cor de origem
Pintada em forma e vertigem

Mascara de todos nós
Procura uma voz que abrigue
Uma voz que a abrigue
Ao caminhar

Sair do lugar solitário
Onde se revia nesses espelho
De águas
Vivas – dia a dia repetidas

E essas mesmas vidas
Sua vida em papel cenário

Como se de teatro fixo
Vivido em pleno, a diário…

Como sua solidão entre tanta natureza
Entre outras solidões, tantos corações:

Que apela à nossa essência em pureza



E mudam-se as cores
Como se ambas flores
Fossem um só canto

Uma é em si a rosa
como de seu nome

Outra cadência preciosa
Que a colhe e conforte

E entre a flor de amar
flor de amor a se transformar

Uma assim preciosa
Outra forma de amor

Vão falando
 Dialogando

Poesias  
de suas vidas

entrelaçando

Essas que trazem desde sempre
E assim se reflectem, sem notar
E pequenos momentos, gestos;
Quentes e Suaves
por assim se partilhar…

Caminhando, neste vale passando
Para esse estranho mundo melhor

Esse sonho guardado
por dentro encerrado

Por vezes permanecendo
Toda uma vida enterrado
Esperando esse germinar

Flores geradas no vento
No sol
Na água
No alimento
Que a terra inteira tem para nos dar

Entre os ecos dos montes silentes
E as sombras dos arbustos ausentes

Flores de Vidas, para as outras vidas
em Vida assim também transformar

Esses Seres vivos
Essa Vida em nós

Sendo elas verdadeira Vida
Assim sendo, são como nós…


Nesses lugares consagrados
Entre essa tal “floresta,
De “tempos passados”
Entre os arbustos guardados

Nesse lugar… tão antigo e nosso
Que o sentimos, e o vivemos
E o sabemos, logo,  logo ao lado;





Além das paredes de ecos finos
Aparentes como sinais divinos:

Que nos separam, sendo assim “nós” definidos
Como máscaras usadas, como faces… caras….

que não dizem nada, do que em nós vela por dentro
usadas  por crianças festejadas entre o firmamento

Desses nossos verdadeiros amigos
Que permanecem nos esperando

Como se fossem muros de verdadeiro vertedor
Entre paredes, e ecos de vida em resplendor;

Enquanto se levanta o Dia dessa nova Aurora

Na que a voz triste, a que em saudade chora...
Se invista, assim Vista Humilde
O que estava além do espelho

Passe a ser 
por dentro 
esse "algo"

leve e eleve, 
mais...além;

de triste conselho 
dado a ninguém...

se se diz de nós sermos o pó,
nós a Vida e a Luz que reluz

quando o Ser Humano se sabe mais uma vez 
a nú, além dos mil e um conceitos e preceitos 
reencontrando "algo" verdadeiro, primeiro...

Algo plantado desde antes dos tempos selado
Esse algo nos é dado - por Ser Simplesmente...  

é em si a vida "sapiente", 
que se reflecte de forma original
num silencio eloquente, em pleno ambiente 
desde o ventre ao abraço maternal..

algo que em si já traduz tanto de Luz
do Ser e da essência a se reconhecer
que quase por si em verdade conduz

desde o primeiro momento no que abraço
 em peito, entre silentes olhares se traduz

não mais um Ser Humano estando assim... em si:  só…
Eis o ser Humano Adulto, mais sua criança e ser velho
Vida assim feita em forma, se olhando no vivo espelho

O Ser Humano Maior:
procurando sentido 
entre os caminhos 
de volta ao ninho 
que nunca deixou

Um contempla de forma coerente,
outro sonha além do "Presente"…

outro conservando imagem latente:
De onde chegar – por ter de partir
e ir… de novo a esse lugar voltar...

a esse tal, nosso lugar... de onde, 
como as ondas da própria Vida,
como essas gotas feitas de novo, 
lágrimas pristinas entre o povo;


derramadas pela Própria Vida;
voltando em suas novas formas,

cadentes como estrelas caídas
como gotas entre o ar sustidas

assim em risos e vidas transformadas,
entre estas cores garridas disfarçadas, 

essas as nossas pétalas de luz
transparentes e consagradas;

Como asas vivas nos sustendo
amparando o frio firmamento

suavemente, suave alento
segredando ao ser atento

desperto e aberto
por dentro liberto

ditos seres angelicais
que são nossos iguais

transformados, assim sendo refinados
passando além desses medos e cabos

de tormentas ainda por se atravessar
lugares, tempo em amor a se velejar;

com o leme sempre marcando
essa rota invisível a se trilhar

com a vela cheia desse tal amar original 
se transformando em apelo ao ancestral

no apelo ao original, além princípio ou final
no apelo estando mais além do bem e do mal

que mente alguma, assim possa
conceber, o conter ou imaginar

esse o sonho concebido, desde o momento mais íntimo mais além sentido

entre tanto e tanto brio do que é o jardim,o chegar, origem a se mostrar;

que é desse tempo, além vertigem, além tempo definido, fonte de original:

Uma água viva a nós trazida por quem lá vai e de novo consegue "cá" voltar
Princípio tão óbvio como  a água em seu ciclo entre nós de novo a nos tocar

por dentro, por fora ali onde se puder olhar
ou o sopro da própria Vida a nos trespassar

por dentro, por fora, na palavra que se ignora até se abrir ao Ser se assim falar:

misteriosa flor de luz
além do tempo
e do frio ouro que reluz
essa luz...
de vida
em nós contida
assim se traduz...


Eis "suspiro amigo", em vertigem ao se elevar, como entre esse estranho rodopio:
além do que é escrito, descrito ou do que digo... mesmo assim, assim a se mostrar
reflectido, lembrado -  o que permanecia esquecido -  mais além nos possa elevar

esse tal espírito tão "amigo",que nem se pode sequer esquecer, conceber, esmorecer 
sopro da vida, em nós contida,transformada, expandida, feita estrada de vida entre vidas a se tocar

que nos anima, nos diz a rima e depois se retira e de novo - aparente como uma melodia silente, como uma brisa eloquente... assim tão subtil, tão presente... assim tão grácil e latente... assim nos permeia, nos ilumina preenchendo nossa vida meio cheia... e depois aparente para a mente 

- quando a mente a procura controlar... gentil... suavemente, deixa a mente e voando... de novo se esvai... não se sabe onde mora, não se sabe por onde foi, para onde vai parar, sabemos que volta ave de instrução, senhora... dos nossos passos ao avançar... em cada viragem, em cada momento de fria voragem - sendo de novo Aurora, de novo dealbar, sendo de novo Esperança do Dia, da Luz e da Harmonia em nós as e integrar... suavemente, sem se impor.. sem se fazer notar... para o coração que por amor ...lhe tenha aberto o portal de par em par...


e chegando, 
caminhando
uma e outra se transformando

flor de vida e de amor

são cores de cor pristina

cores de vida e de louvor

são uma e a mesma cor

sem se impor
sem se forçar

pelo facto simples de caminhar
e a vida
e em tempo
a tempo assim o celebrar

de novo entradas
e entrelaçadas

nesse jardim de origem/ final
nesse circulo que se preenche

quando se deixe
de temer ou duvidar

até lá caminhamos...
caminharemos sem cessar

procuramos
"algo" que foge sempre 
ao inteligente e desperto olhar

até que encontramos
quando não esperávamos achar

esse relance
esse outro algo que lance

de novo a Luz
em seu devido lugar...



que se liguem as flores e as florestas virgens;
nesse novo canto, de novo ecoando sem igual

E indo mais além Se precate
E ainda aquém, se ilumine:

E sendo a mensagem assim sublime
Seja
E caminhando entre as gentes esteja

Fina flor da Vida
Flor de luz assim prometida

Se transformando e assim nos relembrando
Evocando, despertando outras tantas vidas

Sementes pristinas
prestes a despertar

Sementes dessas tantas vidas;
Ainda esperando se manifestar

Começamos
com tantas palavras nos entrelaçamos´

nos procuramos
palavras que dia a dia lançamos

em busca
de "algo"

esse "algo"
sondando

..."algo"....
que amamos

tanto... tanto


flores de luz ao Luar
de arbustos despidas

despidas suas próprias 
roupagens devidas

assim transparentes
assim luzidias

vistas como filigranas pristinas
...aparentes...
como estrelas frias

como sementes 
de flores cristalinas

elevam seu canto silente
elevando sua melodia eloquente

assim dançam
e se entrelaçam

entre dias e noites 
...avançam...

cantares antigos
entre os silêncios 
dos lugares amigos

assim se abraçam

os novos destinos escondidos
os antigos caminhos festivos

assim encontram novos corações
seres de opções como as dos "antigos"

opções, de si mesmos, despidos
para receber luz de louvor
assim depois revividos


entre esses espinhos 
de dias assim prometidos

e nas noites 
de suaves cadencias

de novo 
em essência

recuperadas

nas suas pétalas
suaves
feriadas saradas

voltamos ao circulo
de noites de fadas

e somos
como seres alados

e seremos além dos grilhões dos escravos


seremos alvos
seremos altos

seremos entre sombras 
sem maior sobressalto

seremos Vida e Luz
que se traduz

em reflexos
silentes

dessas noites Presentes
de encantos mil candentes

seremos o reencontro
dos vivos corações a tremeluzir

e nossos olhares de novo
essa tal  Vida nova a traduzir

reflexos de vida
em espelhos de vidas

assim entrelaçadas
dançadas
celebradas

de inocência, em pureza trespassadas
pelo arco de luz da Lua entrançadas

qual suaves filigranas
assim de novo suspiradas

como segredos contados em lareiras dessas noites esquecidas
tão cheias

dos dias das memória antigas apagadas
de como se dança em sintonia

além do que é a chama escura e fria

e se alcança a chama da vida
que luzidia
nos ampara e nos guia
de novo à harmonia

de ser como um Ser
 sendo tantas as melodias
numa só sintonia nova assim ouvida

sendo como luzes que se alumiam
e de novo recordam e recriam
a Luz de Nova Esp´rança

essa
desde sempre prometida

essa desde sempre
em nós sustida

essa desde sempre 
guardada e assumida

essa que hoje se sente
como Luz de Vida







(...)

...continua...




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