Uma flor sonhava
caminho de Vida
Essa a tal estrada
Por onde poder ir…
para lugar de onde
Desde sempre
Soube por vir;
Estranha forma de vida
Assinada na semente
Que dormente
Se fica
A pé… da estrada
Esperando a chegada
Esperada, anunciada:
Dessa a Luz…
Mais Potente
Assim ela desperte…
Dentre o seu sonho
Silente…
Que a mantinha…e a sustinha
Latente... assim… velada…
Estando viva… assim esquecida
Estando perdida reencontrada;
Procurando em volta e derredor
Encontrou algo que chamou sua atenção
Já não mais semente - assim – certamente
Ao se lembrar da sua essência de Ser flor
Assim se encontrando, mesmo a seu pé
Latente, pungente, qual som estridente
A raiz da sua origem… eis sua fundação….
Assim se revendo,
assim se olhando,
olhar atento
despertando
Se viu entrelaçada:
Entre outras flores
Outras vivas rosas
Novas iluminadas;
Outras vidas…
Tantas Vidas!
Escondidas… veladas
Entre as rotinas dos dias
Entre as estações aninhadas
Entre rotinas esquecidas
Nas estações… deixadas:
Da atenção requerida
Dessa devoção devida
Da opção assim estabelecida
Vida por vida
Raízes profundas reunidas…
Em novo rosto, reencontrada
Quando se pensava…perdida;
Assim de novo renascidas
Nas raízes tão, tão antigas
Assim se deixaram latentes
Quase como esquecidas
Quase assim…. Perdidas
flores de vidas
que espinham as vidas
que se aproximam
é com o gelo do frio
queimam
os dias
assim tão queridos...
Como Flores desse Inverno
Condenando… sempiterno
Tão Frias e Cristalinas:
Como distantes, vazias
Gelo que queima…
sem se poder ver
Eis o Ser Humano
A se desaparecer
tanto...tanto...
flores silvestres
que refletem
a luz do sol
o seu calor
a sua vida
a seu amor...
Essas nossas flores silvestres
Sendo eco entre nós,
Presentes
Flores que convidam a vida a viver
que traduzem Vida a transparecer
Que se estendiam baixo o solo
Entre o negro seu fundamento
Entre tal húmus discernimento
A Humildade assim estendendo
Além doutro altivo crescimento
tão intensa sua luz
que ofusca a vida
e a reduz...
Plantadas pelo vento
Filhas da terra
e do ar
e do sol e do luar
Filhas do sorrir, do ver do sentir
Do deixar ir quem se atrevia a passar
Sempre
Sempre
A iluminar
se eu tivesse sido o teu olhar
e tu as minhas mãos também
se eu tivesse sido o teu respirar
e tu não tivesses
nem perfume
nem ninguém...
vidas
Sendo elas mesmas a Vida
Transformada… em perspectiva,
olhando filhos e filhas
Em seu derredor a fruir,
em via de vida a seguir
Essas que – desde sempre – ali estiveram
Que mantêm sinalizada a via vera
e assim a mantêm – além de ideias vazias
quimeras tão estendidas em nossos dias
Por a vida assim nela alimentar
Por serem a Vida na vereda
livres a germinar
E vendo então suas raízes sem fim
Espelhadas por entre recantos mil
Esses lugares,
canteiros primeiros
Que levavam a lugares esquecidos
Que sendo os primeiros,
parecem assim derradeiros
A recantos do jardim
que se julgavam
perdidos
Encontro e sintonia
na duvida
na ultima marca
quando corres em prol da esperança
avanças
quando encontras caminho
nomeio da noite escura
o ninho
da vida
e
a danças
quando te dão nota
a cantas
e te avaliam
pela tua dança ignota
assim se guiam
pela tua pauta indefinida
pela tua voragem
nunca contida
pela criativa
chama
assim vida em ti proclama
qual a nota que defina
a vida inteira em ti sustida
assim é
"esperadança"
e além dos conteúdos
dos definidos
e dos ainda desconhecidos
tu és VIDA
a mostras em eterna dança
entre a arvore da vida
espirala
se desdobra
se reúne
se transforma
entre o que tempo mede
e o que o tempo ilude
sendo e desaparecendo
entre uma e outra volta
assim de novo
renascendo
ali
no entremeio
algo se passa
a vida de novo
se abraça
ninguém viu
esse algo acontece
para quem a melodia seguiu...
a vida aparece
em si,
por dentro
espelhada
és VIDA
que nem é mais jovem,
nem criança
nem nada
VIDA É...
e não acaba
"esperandança"
espirala
dança na árvore da vida
entre a floresta sagrada...
Entre o calor do amor e aterra fria
Encontro, melodia entre a luz do sol
A clareza do dia, noite que se anuncia
frio de temor, rumor
da vida que se esvaía
Que a lua guarda e assim mantém
Nas veredas dos dias e noites
e apara quem assim guarde
E aguarde também…
Também em sua forma
de dia…
Encontrou vera magia
Encontrou quem não se perdia
Ainda que aparente
Vera Rosa silente
Silvestre e eloquente
Fria ao mesmo tempo
Quente
Ali se ficasse
À beira do caminho
Olhando quem passasse
Sem que quem passasse vira
As raízes que a uniam
A toda a sua prole
Estendida
Por onde o sol ainda arriba
Aos portos da boa sorte
E mesmo de entre noites frias
Raiz com raiz assim encontradas
Assim aquecidas enquanto
Por si entrelaçadas
Mesmo no estio mais frio
Assim sendo Vida em leito
Vida de forma efeito
Tendo aparente adormecido
vida enorme´tão vera´que se mostra e se demonstra´na força mais vera
entre os ribeiroséntre os montes de lugares
tão belos
entre o canto de enco«aanto que seduz maril«nheiros
como os vales que se coroam
de coroas de foores
sendo estes tão altos como os mom'ntes em volta
sendo tão firmes´como as rochas
que os suetm
que nos sustêm e evocam´raizes tão simples
entre bocas
que se cantam
e encantam
e encontram
quando se tocam
como um suspiro
de brisa e de brio
e de vida
simples
incontida
entre os ecos
de todos os nossos dias
entre a própria Natureza viva
nossa água em espiral
parece entre todos os dias
nunca igual, nunca igual...
nunca se apresentado assim em singular...
arco iris vernal
como se todos se alinhassem
num canto de encanto sempre par
líricas de trovador
que fala de vida
que fala de Sol
versos que entrelaça
mundos submersos
que assim alça
em palavras
suspiros
de beijos a
assim trocadas
quando por ti lidas
assumidas
e por dentro rezadas
beijos de todos os dias
nos unindo
em roda
como crianças
livres
em festejo que não se termina
e nunca
nunca
acaba
espirais reias
de beijos tais
que se tocam
sem se tocar
que se reúnem
sem se olhar
que se tocam
e se deixam
entre quem souber
amar
falando desse tal...
amor...
não é meu
nem é teu
é de quem o souber
viver...
não tocada
Nem achada
Raiz das mais belas flores silvestres
Por toda a nossa terra plantadas
Assim por essa luz vera abençoadas…
Olhando assim quem passa, olhando sem se ver
Tanta gente passando, por outros trilho optando
Permanecendo elas a Flor de Vida
Rosa silvestre por entre o mais agreste
Perdida, aconselhando quem se preste
Por sempre amiga de quem porte em si
A Vida de Rosa livre te querendo
Rosa da nossa alegria e sustento
os teus poemas são como versos que navegam pelas minhas veias
dispersos
até se fazerem palavrassem risos abertos
em momentos partilhados em recantos secretos contados
como umduende que foje por entre a jab'nela dos teus olhos abertos´quando refelctem os sonhos´meus sempre´sempre despertos...
Descobriu ela – como eu um dia
nossa rosa entrelaçando as vidas
Esta nossa flor de amor
Que tudo era…
Tudo ou nada
Ou nada altiva
Um serde alta envergadura
De grande compostura
Que cobria a luz com seu querer
Que recobria de vida ao simplesmente o ser….
E assim olhando
Sorrindo como sempre
A este ser
Passando
A rosa
Seguiu
Sendo o que era
E o que passava
Foi além
Em busca de sua estranha quimera
Foi ai que a flor em si percebeu
A força da vida
Algo tão meu como teu…
como um raio de aurora
que o ser senhor ignora
nos trespassando
a vida inteira
assim se mostrando
como uma brisa
que nos pareça
e que se transforma
assim...
em humana forma
sem pressa
algo que não é a velha certeza
é a
VIDA PURA
em
NATUREZA
algo que nos transporte
nos leve
além do horizonte
dos sonhos e da esperança
até ao cimo desse monte
que avida
em visão alcança
o centro da vida
do monte
do coração
do alvo
da flecha encravada
lançada
pelo arqueiro silente
em tua mão entregue
por ora ausente
vida em vida
assim transformada...
algo que se rima
é se guarda
se mostra desde dentro
e desde fora
se aguarda
que esperança assim carregue
quando o nosso passo cede
a força se esvaece
algo que depois
quando anoitece
se reacende
e como chama viva
entre anoite escura
de novo acontece...
lembras como sucedeu
quem te deu a vida
e te fez assim
vida...
ainda...
sustida
esperando teu momento de germinar
esperando o alento
para apalavra viva assim poder voar
de boca em boca
sem se falar...
tu gota de água viva
que és da vida perspetiva
és mar de amar
maresia
quando amando
se anima
entrelaçando
ondas de viva espr'ança
onde a vida vive
e o olhar sempre alcança
é o suspirar
de um beijo
por um olhar
que não vejo
és o anoitecer
entre a bruma que mais não nos deixa entrever
por hora figuras esbatidas
entre a noite
danças vivas
quem o qual que no dia desperte
a flor de virtude que na noite se perde?...
figuras esbatidas
entre os dias
a mesma água
mesma vida
que assim
se julgando perdida
espirala
dançando se eleva
nos transporta além da fria treva
se transforma em ser de vida
sendo criança
viva
emperatriz
sem mais
sem coroa, sem manto, sem trono, sem rivais
VIDA SEM MAIS
que nos fala ao ouvido e aconselha
O SER
em ti
e
em mim
nem se perde
nem se esvai
além desse arco de velha
da lua que jaz na noite
tão séria
pinta a gota
na sua alegria
um caminho
uma via
de vida
entre o próprio dia
quando assim se descai
força de vida
que em ti e em mim vai
recai
em amor se entretece
e em sonhos de amor
se desvanece...
para no dia seguinte voltar
a
Ser
Aurora coroada
em teu e meu olhar
eis s. João a luzir
multiplicando pão e peixe
traduzindo
o que não se pode assim dizer
apenas viver
sentindo...
parte de caminho de vida está escrita
a outra parte
ainda latente
desde o lado do espelho
PRESENTE
que é Vida
( assim dita)
E olhando
Por cima
Das nuvens que pareciam eternas
Sempre presentes
sombras de invernais flores
Senhores dos dias
Sombras esguias
Viu a luz que não se apaga
Enquanto as sombras das nuvens passavam
Essa assim ficava
Vida tão simples e iluminada
que se transparecia
não eram gigantes
Era o som da vida
Como o era d'antes
voz que desde o alto
a chamara
assim
depois
desfeitas as confusões
De ver além caras
ver CORAÇÕES
Se ama - lia
se amor- via
se amar- certamente
se amor é presente
se Rosa - lia
se regatos
deixava
enquanto assim falava
que avida se esvaía
neste e noutro lado
irmã
a cotovia
e assim contava
como a vida neste e noutro lado
em flor se espancava
que romano de castelo
castelão de castelaria
uma e outra dizia
que não via
não via...
pois esse amar
de amor
não sentia...
não sentia...
quando a vida se despe
de
algo que é bem seu
que sobra que se possa
depois comprar?...
A rosa silvestre
tão simples
Quase como mestre…
Mestra de vida
que assim anima
de quem falam os fados
quem marcam os seus pequenos encantos
de quem são os cabelos contados
que aninham as crianças
em noites de relâmpagos
rasgados
de onde vem o canto de encanto
que se estende por todo o lado
que é lume
que queima
sem se ter assim tocado
quem inunda avida devida
quando vida é
quem falta nas noites
quando a vida assim se crê
"adevinha"
numa outra poesia entrelaçada
uma história tão bem contada
que se fala em mares não navegados
em feiticeiras
de outros nomes em língua dita antiga
contados
que desertos de morte
assim
juntos passamos
que chão ou horizontes juntos
navegamos
qual o deserto de morte
que a Norte se estende
qual a gente
qual a nossa eterna gente
Olhou
E la no céu a luz do Sol
finalmente encontrou
Enquanto se espreguiçava
Em sua primeira manha assim achada
Depois de passar
De dormir a despertar
Depois de lembrar
Que sendo semente
de rosa a se mostrar
duas cadências
que falam
da mesma tradição
no seu canto expedito
uma engana
trazendo a vida para outra
rama
a outra fala
da virtude
que assim se ganha...
sem nada se ter dito
qual das duas a mais formosa
qual das duas a mais valorosa
filhas de eras passadas
umas e outras
flores veladas...
De pois de deixar ir…
O Poder e aparência do ser...
de se aperceber...
ainda que vás só
em companhia
às de voltar
na companhia de teu irmão
és a lua que se adivinha
que mergulha na água fria
e que regressa na manhã
quando o sol rejubila
pela sua madrugada nova
além da irmã mais velha
que ainda assim ignora
até ao dia
noite e dia
sejam um só
uma sintonia
entre a magia
do que se esquecia
e amor que nos sustinha
e por dentro permanecia
assim aquecia
o dia a dia
da rotina fria
e as torres
de pedras antergas
brilhariam
tanto...
tanto...
na alegria
de novo
nos ver cantar
e juntos
de novo
como um só ser
nessa única noite
dançar
e
dançar...
Depois de ir além
do que era perto
partem em voo
discreto
rumo ao céu aberto
deixam os bancos vazios
velhos esguios plantados
dos seus próprios filhos
em dias antigos amados...
A sombra lhe dizia ser certo
ao compreender essa Vida:
Que bate sempre por perto
então viu em reflexo
A luz do sol
Esse livre
liberto
em tua mão
mão com mão
um beijo em mesa redonda
assim passado
beijo consagrado
nem julgado
nem conspurcado
por que o visse assim
transformado
uma malga simples
de sangue de gente humilde
meu amor
na tua mão
liberto
o peito aberto
assim perfeito
ao dizer assim
sim à vida
o teu olhar primeiro
esse olhar que nos demos
o amor primeiro
que não lembramos e que sustemos
que perfeito coração
que assim como um só bateu
assim se volte a ouvir ecoar
de quem não esqueceu
nem esquecerá sintonia viva
que assim e pode
provar
como possível
de novo
de
se encontrar...
o meu coração...
em teu
um só olhar
assim em vida
aconteceu...
Que é sempre
Em teu peito
Liberto…
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