ver o sol pela primeira vez
depois de uma eternidade entre as trevas
veladas
para nos deixar adormecer
vidas assim entrelaçadas
mãos dadas
sem se ver
nos tocar
sem se saber
nos libertar...
Livre te quero
Como o ar que respiro
Como a luz do sol
que me aquece
neste estranho Estio
Neste Inverno vazio
Livre te quero
Para ser comigo
Um mesmo ser
Amigo
Como algo que nos é descrito, repetido, incutido, pela
garganta enterrado – como se fosse o fel que nos dão ao ser crucificados:
Pó seremos
Pó entrelaçado
Em histórias e dias
e contos mais não contados
Assim transmitidos
Assim herdados
Pelos que riem e choram
Sempre sempre
A nosso lado
E assim se medite se
especifique
E se eleve
Aquilo,
O que por dentro de nós dite
O caminho antergo
A onde se esvai o conhecer
O ter
O precisar
O querer
E assim nos fazer
Como um existir
Novo, de novo ser
Livre te quero
Sem saber
Como soltar e ir…
–te
Buscar
Ali onde te encontres
Ainda que não sei ai chegar
Livre te quero
Aqui e em qualquer lugar
Ali onde pudermos
Juntos estar
Sem nos ver
Ou tocar
Sentindo a vida toda em nos a palpitar
Assim a se transformar…
nova vida a se congregar
Entre sol e a lua dançar…
E assim entrelaçando
vida e ser e espr´ança
E entre as altas copas;
altas veredas ir… e ver
Entre esse amplo espaço…
desse nosso eterno abraço
Quando Assim acontecer…
E entre as nuvens nos perder
nesse alento
De palavra de alento
A nos dar
em cada dia a se partilhar
Em cada momento a se gostar
De ser assim de aqui estar…
De estar preso e assim voar
E além espaço e tempo
Assim poder chegar…
Entre o obscuro firmamento
Vidas novas iluminar
uma pé de feijão
que chega desde aterra
como seu chão
ao horizonte além do tempo e do espaço
é num subtil abraço
faz da terra e do tal céu
uma escada ordenada´por desce a vida e de novo é içada
uma flor de amor´que nem para nem se deixa reter
uma flor de primor´para quem a viva
é saiba em si conceber....
Encontrar o caminho de volta ao lar...
Encontrar o passo a se trilhar e a via para lá -ai- além
chegar
Entre os cruzamentos dos dias e das suas alegres "monotonias"
Entrelaçar novas vidas – em novas vias - perspectivas de um outro por vir...
Para iluminar e assim estrelar em plena terra de novo
riscos de luz a traçar
Os outros antigos, os tais ainda esquecidos, de novo cantar e assim evocar,
Entre os passos e as palavras esquecidas, que dentro de nos
escritas esperam a pleno dia a sua noite para assim se voltar
A iluminar
trazer de volta avida - que nos é dada e sustida
mão em mão coração em mão
coração de irmão ou irmã
assim em uníssono a palpitar...
Assim entrelaçando o ser e tanto... tanto...
Quanto ainda lá exista.. nesse nosso lugar
onde chega´quem do seu percurso mais não desista
E quem, assim não desista de novo voltará a ser
De novo voltará - em vida - ase rever
que as espirais das vidas entrelaçadas
´se revêem em formas espelhadas´quando regressam numa outra forma
ou nome ou estrela em fronte acesa
vista por quem pensa
que queimando...
assim purificam
a vida que regressa
da sua antiga "dita"...
Ao seu eterno lugar é crer´que as escadas viventes
ássim latentes
serão de novo eco vivo
assim transmitido
transcendenetemente vivido
estar preso e voar
subir sem ter de 2assaltar2 - o coração de alguém o seu nobre e precioso lugar
esse ocupado, pelo seu ser sagrado - que mais não se pode assim trespassar
sejam as mentes veladas
sejam as intenções bem niveladas´quando entre anoite escura - aluz de alvura de novo rasgar
os veus desse estranho lugar
ao que todos - noite após noite - acabamos por chegar
e dai voltamos
de novo erguidos nós entrelaçamos
de novo vivos- assim nos olhamos
por vezes nos reconhecemos
outras vezes esquecemos
aquilo que é nosso e que lá
do outro lado assim ousamos comunicar
assim nos entrelaçados
assim respeitados
luzes no luar
luzes na alvorada
de novo a dealbar
luzes entre os quentes e os frios
de novo a ase festejar
essas que humildes desde sempre guardaram
essas que assim
latentes aos seus sempre o contaram
um beijo de esperança~um alento de nova herança´que assinala a vida de quem abraça a vida´que assinala a perspectiva de quem se entrega e mais não se obriga
uma história
Tão nossa como antiga´contada em três partes
há quem assim o diga assim a mãe
ora imaculada
uma outra velha a outra nem se mostra - nem nada
entre o mar de amar - escondida
no ventre da terra sustida
assim manda e comanda quem assim obriga
e a luz trespassará a terra inteira
a rocha o mar e o luar e iluminará assim as sementes de vida que se deixem assim trespassar
e lembrar
e evocar
a sua causa, origem, razão de ser, de aqui estar
e de aqui peregrinar...
(...)
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