Uma lagoa de prata
um lago de transparência
uma noite que nos lembre
a eloquencia
que delata
o dia a dia que passa
que te trespassa
com chama fria e pungente
desse primor de amor
quem em forma de gente se faça
um anuncio de ouvido
uma passagem entre o mundo
despido...
assim entre as águas renasça
a antiga e nobre
a doce forma que abraça...
uma águia voava
em peito de amor e espr'ança
uma luz vivia´no rosto de menina mulher e criança
um ser vivo se via
assim espelhado
assim querido
assim
em vida abraçado
eram as gentes dantes
eram os rumores felizes
entre as paisagens assim inebriantes...
era assim lua e sol´sol e lua de amor maior
eram as vidas assim transmitidas
em noites divinas e luzes fugidias..
eram as rodas vivas
essas de novo se avizinham
são as nossas memórias
mais queridas
assim também
mezinhas para cortes suaves ou fundos
tratados com o esmero de mundos
esses universos inteiros
em seus olhos - tão cheios
plenos de luz
em em colo de mãe
assim a dor reduz
a quem assim aspira
é em ti
e em mim se abriga
depois
em madrugada
despida
se esvai
sem nunca ser despedida
essa que a todos embala
essa que ninguém nunca tem...
essa que em nós é
assim
simples
também...
suas palavras
suspiradas
suas manhãs claras
essas tais passadas
prezadas
ainda tidas
como lidas
eis as lendas entre nós lembradas...
passaram os dias cinzentos
passando-se os tempos sangrentos
esse nos que nada se dizia
esses nos que o amor
em nós
se desvanecia
linhas e rodas e arcos
seres em seus puros barcos
esses que se imolam
nas noites em que o dia chora
essas aves cinzentas
assim em paisagens barrentas
assim iluminadas
plenas vidas
de novo elevadas
e festejar no reflexo de amar
e ver em teu olhar
esse sal
da alegria sem igual
essa luz de amor sem fim
esse o eco de Vida
em ti e em mim
olhos de luz serena
em mensagens da mar amena
olhares que trespassem
tudo aquilo o que por dentro fazem
olhares que assim revelem
tudo aquilo que não querem
olhares de vida e luz
olhares de quem não seduz
olhares de quem é assim igual
olhares por sempre
por seres original
olhares além da mente
para a fonte que nos alimente
e sustente alegria tal
flechas de luz e fogo
entre ti e eu
entre nós povo
ninguém larga
a grande rosa
essa
a da vida
essa
a da via "fermosa"...
entre o nascer
e renascer
dos dias e noites
ainda por viver
relembrar
e recordar
os dias e noites
que tivemos de passar
um espelho silente
que nos contemple
de remorsos ausente
que nos veja
qual raio transparente
que semeia
vida eterna
no coração da gente
antes do que vem depois
uma via
uma vida
a dois sustida
a dois contida
assim como em promessa
retida
em prenda antiga
assim doada
assim concedida
assim
disfarçada
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