"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali... A minha glória é esta: Criar desumanidades! (tu que eras das artes e ciencias humanas... das "Humanísticas" humanidades - que bem nos surpreendes, nos cantas e nos encantas... que bem... nos ergues a voz com tua voz - sem ferir a não ser a consciência atroz)...Não acompanhar ninguém. — Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre à minha mãe (se fosses cesariado... seria uma piada - se não tivesses vontade - como erguerias a tua lucura qual chama na noite escura?...) Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: "vem por aqui!"? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí... (em épocas normatizadas, com planos de nações e moções de pautas marcadas - se entende o teu brado - quando de tudo isto estabas bem rodeado)Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada. Como, pois, sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os meus obstáculos?... Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós, E vós amais o que é fácil! (como diria machado - o poeta - amando mundos ingrávidos e subtis - moradas filosofais - miles de horas a se passar - e pasando se esvai.. para outro lugar - onde possa continuar o seu vagar peregrino - pelo mundo sem destino -que escolheu assim adorar, e cantar e em sonetos e rimas etercetos - decorar... fácil é snhar - complexoo cantar em tempo no que o tempo nem anima sequer a pensar...)Eu amo o Longe e a Miragem, Amo os abismos, as torrentes, os desertos... (tal como machado - o diga - amar é qual forma de vida.. amar e incentivar e incendiar de vida gente elugar - qual pedra filosofal de freire a assinalar - que sonho epalavra - são elemento medonhpar amobilizar avida em momento s nos que se faz pantanal)
constantes
definidas
descartes
assimo digas
suecas perdidas
constantes
quais sonhos
entre matematicos
os mais medonhos
em serenos sobressaltos
em bebedeiras de saltos altos...
e os tais em verde e oiro
meditam
e a quem os oiça
gritam!
para nos despertar
desse sonhos
medonhos
desses tectos negros
de fim do mundo
que levamos todos dentro
bem lá em cima
não tanto abaixo
nos mandam
para o fundo
perpétuo movimento Vida e seu alento
descobrir universalidadeónde já havia Humanidade
inventar o que se queira´sonhar mais ainda´contra pontos de quemnão queria
largar a sua propria terra
quente
ou fria
agora
na hora´que se esvaía
contar a ahistória outra vez
e ver a obra´que mais ninguém fez
e honrar
e seguir a entoar´cada vez mais depressa´caminhando devagar
e voltaráo centro da essencia de saberamar
sendo barqueiro sislentes´de remos ausenteséntrea sas de sonhos eloquentes
tão simple shumilde e qual poentes
prometendo regressar
renascendo
qual aurora flirescendo
e assm sendo´no sajudando de novo a voltar
qual crianças´mais não feridas
agarradas de novo à vida
entrelaçada
em mãos sustida
e em sorriso
assim dita
ássim prezada expedita
lalalai
cantada áté a criança
adormecida
estar de novo resguardada
é com ela
a própria vida
essa
que sendo livre
a "prometida"
qual terra
qual mar
qual gente
qual animal
de terra
verde
assim a se transformar
em conta
de rio corrente
quando é eterna e viva e eloquente
e não cabe nos ecos latentes
de quem a quiser definir possuir ou vilipendiar
ficaa crainça guardada
em sonho
de vida
transformada
Ide! Tendes estradas, Tendes jardins, tendes canteiros, Tendes pátria, tendes tetos, E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios... (e que lhes falta - essa chama de loucura que atravessou oceanos, essa chama de ousadia que fez luz entre tantos e tantos anos... que lhes falatava que lhes gritas - que lhes dás que este vento que passa assim agita? antiga chama, profunda raiz - que se i«entrelaça nas gentes ecanta quando assim o bem diz) Eu tenho a minha Loucura ! Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura, (era noite escura, que ninguém vira - qu rmava a barca - para a outra - proa ou popa - babor ou estribordo - ninguém media -e abarca rumava para a praia mais fria, para a praia mais vazia - assim berrava e teu peito o dizia e alguémo cantava e entre laivos de espuma - brava - baba da ca espumava - entre paixão e vida alumbrava - e em brado de vida lembrava) E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios... Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém! Todos tiveram pai, todos tiveram mãe; (e tu também.. no momento no que se erguiam - os de escética linha fria, e os da cabdeia inocente -q ue nemse afirma nem se arrepender - que fica ai a olhar em vez de subir ao monte e entre a tempestade - de novo guiar - tu o o dizes e o berras e cantas - atoda aterra - em voz que toda a aterra pode entender - que a vida se esvai e ha tanto tanto que ainda se possa vir a fazer!) Mas eu, que nunca principio nem acabo, Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo. (nasceste de amor - que é força e luz maior, que vai além de convenções e milhões e criativas ilusões... assim p dizes assim o c«brades --e illaret tal brado nem cabe... assim sbanja, assim sobeh'ja - oq ue canta o Hino a quem seja - OCEANO A RUGIR DE AMOR - O TEU BRAÇO VENCEDOR DEU - E DÁ - MUNDOS NOVOS AO MUNDO - estrofes que nos foram negadas, apesar de ser nossa herança prezada)
FRENTE às gentes - caminhar...
Nação de marinheiros, de heróis.. simples e cheuios
de humiolde fazer... de navegar no verde - e de entre o verde voltar...
Imortal e nobre - valores imemoriais - de Humanidaq ue levamos dentro
qual Oceano RUGINDO DE AMOR
que BEIJA SOLOS JUCUNDOS - FERTEIS D VIDAS DE IDEIAS PRENHES DE VIDA..
E as brumas
da mente e meória´que nos toldam
por entre esta noite fora
se desvelam
e essa chama acesa´nos vela - por nos zela
e de amor se entrega´cheia... candeia
invictas´bandeiras so uma´nem pord«to de azul de amar
é abandeiroa da luz de«a vida
do amor mais simples e primordial...
às ordensáos homens´humanidade em geral
sobre terras - todas as terras
que nabeguem e ouçam o brado magistral
a voz que clamaém cada ser que se diz
ser de Portugal
valores que se erguem qual sl vivo
nunca mas de si mesms depidos...´sinais de ressurgir´quandoa vid amesma se estiver a esvair
e
beijos de MÃES QUE REGRESSEM
e resguardem
Huamanidade é vida perdidas
contra as injurias de ideias loucas e frias...
e frente a Bretões ou quem seja - que tenha corações, humanas emoções e assim se veja
- caminhar, caminhar...
e para a frente - ai sim em frente - avançar, avançar...
herois
humildes
nobres e sublimes
avós
os de sempre e costume
que dormiram entre camas de lama e estrume...
egrégios como nós
os canhões... os mais simples
o campo - o mais puro:
- os campos verdes,
os mares de azul a azul
de branca alvura en«m centro e quina e poedra de fundamento
mar de amar
e lágrimas de cristal
as águas,
nos rios,
as pedras... das rainhas às farinhas
quais serras altas e senhoras altivas
com pés de lama e verdes vivas
das eiras das peneiras cheias...
do campo cheio - verde e vivo - mais não vazio...
e essas "armas"
qual torres mais altas
altas e levantadas
são as gentes mais nobres e hontradas
pelas gerações das gerações assim encontradas´não em panteões
entre as agrestes águas - vinhos de ciprestes´que falem da eternidade da gente que preste
servir e mais mandar
sementes ao chão.- redes no mar
servi e mais comandar
gados de volta ao lar
darão a volta
ao que hoje se traduz
de cifrão a milhão
de milhos nenhuns
tudos quando se comparam
a outros grandes "nadas"
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções, Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui"! (se já fomso e viemos, e circunavegamos e já soubemos... e desfizemos impérios como seres sérios -e ajudamos a forma«r corções de amar - para de novo voltar - emigrar e saber sentir o que é abrisa do vento do povo e do pais... terrinha ond em e eu criei... campos santos que tanto mai«ei.. que vendi ou deixei ir - mais não se faça esse tal - qual "novo" por-vir"...)
que nos reunisse
humanidade
e mais não separasse
qual rio
que nos abruma
e a orla
branca
se vai
de pessoa em coração pungente
clareando a gente
até subir
e se ouvir
profundo
esse clamor
de repente
de quem se sente:
de se sentir humano
o ser
que estava
lá longe
lá fundo...
esquencido
olvidado
vizinho maigo simples ser Humano
sagres te gerou
um cabo de amar
no mundo inteiro atou
entre mar de lágrimas de rir e chorar
de saber levar pão feito peixes
e de saber fazer de paixes o pão
e assim se vão
os simples e humildes
de ilha em continente
sendo humildes´
endo as boas gentes
os filhos do verdor, das vidas da tradição e do amor
e assim se fala em todaa parte
como algo tão pequeno
esqued«cido ou adormecido
num beco assim recebido
desta Europa toda
"derradeiro"
entre os humildes
- sempre os humildes -
ássim farol de luz que brilha a direito
...verdadeiro...
comparte
tanta e tanta Humanidade
gerando linhas
de estrelinhas
entre olhares
fixos elos das "eternidades"...
caminhos de luz que nos trespassam
que os filhos dos filhos
olham nos céus
por onde passam
e que reluzem e se transluzem
em lágrimas de água e sal
quando
por enquanto
aqui
passam...
A minha vida é um vendaval que se soltou, É uma onda que se alevantou, É um átomo a mais que se animou...
(conservar a memória das história - qual "putos" dizer as verdades - esputos - que saem quando brades - quando dizes verdades sem dizer quando invertes cores de esperança sem se compreender...
quando acusas sem te mostrar - quando amas sem se fazer notar - "Huambos" e "Mães negras" - a arder fogueirinhas e gentinhas de povo as se compreender
- sejam continhas de somar sejam do povo assim a se mostrar -
e entre os canticos de epocas fascinantes - VEJAM BÉM - quem cantava as oliveiras - da serra - quem cantava aos que caminhavam e desv'bravavam caminhos de pão.. e lhe chamavam - sem lhe dizerem nada - o aclamavam como "irmão"... caíam das cadeiras - o povo todo no chão.. mandavamos mensagens "as velhas com flores de ocasião...- quando eram das outras extremas - tu e tantos nos cantaram e em sonhos novos nos embalaram... quem esquece as suas raízes, quem aaga a ua história - perde a sua verdade e a sua verdadeira identidade - ideologia s- vazias - por aqui mil - gente splenas e cheias - honradas - qua cheias - das nossas águas, das verdes pastagens, dos verdes de antes - do smilhos aos filhos... dos abrigos de marezias.. das mariazinhas das sete saias a esperar, dos gados que se vendiam enquanto o povo sorria e gritava por mais...)
Não sei por onde vou, Não sei para onde vou
cantas ao pão
cantas à gente pobre´como tu e ele
tu geria sideias e ideias e le os tais´tu gerias as palavras tão cheias - entre as colcheias - o outro geria isso e mais...
perdia-se nas praias... nem casava - esperava.. e não houve quemlhe desse a mão - ficava no luto aparente duma parente nação...
cantaste tu - quando mais ninguém usou cantar - como sempre - o primeiro e o ultimo pa partir do lugar...
fraca figura de alvura - num 68 se asinana - cantares de andarilhos com pedços de oliveira em v'bico... cantares... vejam bem´que a trova era cantada à primeira dama
bem depoisé que os aviões caiam e ninguém sabia nem soube´+nunca mais! gritaramos outros do lado - iguais...
e tu
e tantos maisálém das cores de alegoria´gritavas entre a folia VEJAM BEM!
estátuas... ? estátuas?... de febre a arder - quyantos anos a fazer.. quantos anos a chegar e - os putos - a desfazer e esvair - ebm depressa... cantavam - como se ganhava uma bandeira - e os putos... osputos a vender bem devagar...
não há quemlhe queir «avaler - menos tu - que ajudaste a mais não esquecer
se a oliveira no bico da pomba e o«ano de 68 nada valem - vale a tua voz que o diga e«se quand vema tempestade - houvesse uma PRAÇA - não praças - UMA PRAÇA deste - como estes - NINGUÉM VAI LEVANTÁ-LA DO CHÃO.. oena que quem ouvia - nem percebia - e achava que era mais uma das tantas entre a multidão...
Sei que não vou por aí! (e foste... cantado, soado, renomeado - de ser régio a ser Honrado - qual rei silente entre opovo cravado, qual voz de toda a gente assim em verso e prosa cantado... sendo tu "pequeno" gigante a rugir de amor, qual oceano em brado - assim de novo lido, entendido e abraçado...)
no mato
umputo
uma fisga´qu atira a esprança´pardal de calçosastuto
e aforça
de ser criança
contra a força "de um chui"
parecem
bandos de pardais
são como iundios capitais...
traduz-se
e voltam
e voltam
e ocupam
os lugares
queoutros deixam
à solta
caricas na mão´brilhando
e os capacetes´brilhando
e se deixas
de ser da "malta"
levas de enxeira - a beira"...
e depois a fome´do povo
e o que acontece
nos oitenta
para quem tanto
inventa...
não sabia
quem a movia
quem plantava
essas coisas
engraçadas
que lhe levavam
a vida prezada
mãe negra
não sabe
não sabe
nada
a mae patria
estava cega
e enganada
cantico invertido
dos novos vestidos
das vestes
de liberdade disfarçadas
carnavais
assim estreados...
e os fios das bandeiras
desfiados
assim constroem nações de
estrelas douradas
e
prosas
qual se fossem rosas
as libres contas
que estrelas letras nos calam...
e lembram
áqui assim
as suas costas abrigadas...
e lembram os libertos e os comunais
coisas tais... coisas tais...
que agora e hoje
nos levam nessa tal estrada...
rumo ao rumo que nos traçaram
que liber
"tina"
chamaram
qual revista antiga lida
éntre (g)s assim nomeada
o povo despida
e despia
assim trazida
desde outra margem
lançada
qual papoila
forma antiga
de causar a ruina
onde se planta e se "resguarda"
povo com fome a planta
e vidas no mundo inteiro desgraça
e se a plantam entre o povo
assim o povo que a receba traça
"mae negra... não sabe nada"...
Mae terra - não soubve nada
um milhão de gentes
indo e vindo
naçoes inteirasúnidas se unindo
mãe negra´não sabe nada
fundaçoes de natos
amigos emilhões
mãe negra
não sabe nada
fundações de seis
estrelinhas depois doze
negociando tudo e todos
mae negra
ja ai
"não sabia nada"...
machado
dos países dos pinheiros
de oiro e de verde
amigos
companheiros
disfarçado o apelido
bem homenageado
se assimlido
ledo o seu cantar
ledo o seu falar
leda a sua fala
forma de expressar...
CAMINANTE NO HAY CAMINO (cantares)
Todo pasa y todo queda, pero lo nuestro es pasar, pasar haciendo caminos, caminos sobre el mar.
Nunca persequí la gloria, ni dejar en la memoria de los hombres mi canción; yo amo los mundos sutiles, ingrávidos y gentiles, como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse de sol y grana, volar bajo el cielo azul, temblar súbitamente y quebrarse...
Nunca perseguí la gloria.
Caminante, son tus huellas el camino y nada más; caminante, no hay camino, se hace camino al andar.
Al andar se hace camino y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino sino estelas en la mar...
Hace algún tiempo en ese lugar donde hoy los bosques se visten de espinos se oyó la voz de un poeta gritar "Caminante no hay camino, se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Murió el poeta lejos del hogar. Le cubre el polvo de un país vecino. Al alejarse le vieron llorar. "Caminante no hay camino, se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Cuando el jilguero no puede cantar. Cuando el poeta es un peregrino, cuando de nada nos sirve rezar. "Caminante no hay camino, se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso.
Entre "CANTARES"
mais uma vez
od sizeresássimnomeados
sejam folhas verdes
ou novas
ou os machados
os nossos
machados
sejam os caminhos já trilhados
juntos
caminhados
sejam as esteias deixadas
por caravelas
e velas e gentes
que cavalgam ondas e caminhos
onde não há caminhos a andar
são cavaleiros
das velas
das ondas sereas
sãopovos juntos
nesse mar´de amará comungar
nesse estranho
e triste
e alegreé velho
tão velho
lugar...
esteias
estelas
que deixam
qual poemas´histórias´tão belas
pelo mundo INTEIRO´contadas
prezadas´por uma linguagemúma culturaássimmesmo passadas
sobre a mar
assimmesmo passos
dados
juntos irmanados
quando o poeta se squece de honrar
a sua linha
e linhagem
a sua históra´povoé coragemé nos fala´de que andar
é simplesmente
se deixar
e que passar
nem deixa peugada
nem deixa a gente
hont«rada
pelos ecos
de uma cultura ´dada
se ter dadoá todo o amplo mar
a todo o mundo inteiro
semdo umpequeno espaço
num beco
desse tal
mundo
derradeiro
fazemdo mundos novos
po onde se pudessem ver, ouvir, sentir, partilhar
espalhando canto evoz e forma de cultura honrar
são esteias meu senhor
´são esteios´deixados
são irias
quais marcos´plantados
são passos
dados
pelos simplesque caminhamos
sim
CAMINHAMOS!
SOBRE MAR de AMAR PASSAMOS
além da dor voamos´bojador nova esperança nomeamos
fomso por todos os lados e continuamos a ir
e nos erguemos
e levantamos
em cada momento no calhe de novo ir...
vamos!
comodiria um peregrino deste mundo
não há enh«gano
cavaleiros das ondaspovo honrado´humilde
qual arvore de vida
sagrado
seja qual sobreiro, qual carvalho
seja qual oliveira - d evirgem
azeite
e de prata
em noite quente
assimóvo coroado
de reis que deixam coroas de lado
para se sentarem
e honrarem
esse tal gesto nosso
de passar
de mão
a mão
de irmã
de irmão
a irmão
uma malga
que esconda
um beijo
assim cantava outro
que bem dizia
quanto se abandona
se se esquece
o que outrora
nos reunia
mesa redonda
para quem ais não esconda
a sua linha e geração
e que cante
com voz de bardo poeta
de onde lhe vem
tal vocação...
(são rosas meu senhor
são pinheios minha dama
são corações que em vida
se engalanam)
HE ANDADO MUCHOS CAMINOS
He andado muchos caminos he abierto muchas veredas; he navegado en cien mares y atracado en cien riberas.
En todas partes he visto caravanas de tristeza, soberbios y melancólicos borrachos de sombra negra.
Y pedantones al paño que miran, callan y piensan que saben, porque no beben el vino de las tabernas.
Mala gente que camina y va apestando la tierra...
Y en todas partes he visto gentes que danzan o juegan, cuando pueden, y laboran sus cuatro palmos de tierra.
Nunca, si llegan a un sitio preguntan a dónde llegan. Cuando caminan, cabalgan a lomos de mula vieja.
Y no conocen la prisa ni aun en los días de fiesta. Donde hay vino, beben vino, donde no hay vino, agua fresca.
Son buenas gentes que viven, laboran, pasan y sueñan, y un día como tantos, descansan bajo la tierra.
(O que o poeta nega - depois afirma
o que assim faz treva - em luz nova confirma...
ser poeta
estar mais alto
viver o momento´qual unico
ser
sobressalto
amar assim
perdida a mente
e ir mais além
e continuar de frente
e trazer palavras e odes e poemasqual partos apenas
numbreve clarão
abraçandoem vida
tod a avida
e a sua total imensidão
depois esquecer e voar e reaprender
a ser qual águia ou falcao
que voa e doa
que larei que soa
e resoa
nessa comum voz de paixão
voz de poeta certamente
voz que em poesia não se rrepende
de ser trova em vento que passa
de ser senhor
senhora
da sublime e extrema graça...
"PERDIDAMENTE" Florbela Espanca
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim... É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente!
Fome e sede
de doar-se num só grito
condensar-se e xpandir-se e esvair-se em sangue d epoesia - livre
qual poema que lateja
qual altura interna que se almeja
e assim - livre assumir-se
nesse mundo interior
que ninguém toca ou reconheceá não ser quem entretece
semelhantes palavrões de amor
e em brado´bramindo
assim em palavra e vida
se esvaindo
em poesia assim soçobrando
qual nave entre oceano
e seu filho adamastor
e temor - trespassando
com dardo iluminado
por muito se ter amado...
te elevas
te entretejes
entre momento sublimes
entre momentos reales
depues te caes
te destronas
y entre coronas
y coronas´vés gentes´vés sus mentes´vés us proprios pechos
´ridentes´sonrientes´se«ientes´nuevamente
los sientes!
quando antes olvidabas
lo más importe«ante dejabas
entre puertas desiertas
te enterrabas
las ideas que creias
no dejabas
que se etransforram
en tu poema
ien tu propra essencia
que és tan tuya
y tan mia
tan nuestra
que és humana existencia
que opción y experiencia
y que - desnudando armaduras
personas tan duras
son cual angelicas formas
´que se expanden de pared a aparedý abren puertas´donde puertas no podria haber...´fueerza de poe tas
de jovens anacoretas´que interpretan la slines de la vida
éntre sus prpoproa sonatas´tan ricas´tan pesadas
´tansublimes
´como voces encantadas...
A veces me elevo, doy mil volteretas A veces me encierro tras puertas abiertas A veces te cuento por qué este silencio y es que a veces soy tuyo y a veces del viento
A veces de un hilo y a veces de un ciento Y hay veces, mi vida, te juro que pienso: ¿Por que es tan dificil sentir como siento? sentir ¡Como siento! Que sea difícil
A veces te miro y a veces te dejas me prestas tus alas, revisas tus huellas A veces por todo aunque nunca me falles A veces soy tuyo y a veces de nadie A veces te juro de veras que siento, no darte la vida entera, darte sólo esos momentos ¿Por qué es tan dificil?...Vivir sólo es eso... Vivir, sólo es eso...¿Por qué es tan dificil?
Cuando nadie me ve puedo ser o no ser cuando nadie me ve pongo el mundo al revés cuando nadie me ve no me limita la piel cuando nadie me ve puedo ser o no ser cuando nadie me ve
quando algo lateja
cá dentro
qual cão irrequieto em noite escura
pungente
candente
ardendo e ferrando
a mais puro dente rasgando
e alguém parto faz
e te ampara te segura e marca
o teu ser de poeta anuncia
e a tua luz pronuncia
em nome que mais nao cai
em renome que de ti mais não sai
essa força viva e pura
mais ninguém
assegura
força de vida
outra
contida
liberta e geradora
presa
qual sombra
negra sombra
senhora
solto sobre o mais amplo amar
estelas
sobre la mar
estrelas´reflectidas
em linguagens vivas´saber olhar´saber amar
fogos vivos´que se acendemé a noite mais escuura iuminam
e destinamá quem assimse compreende
que tempo é b«vagar
se doi o ser
interior
se se trocar aestrela guia
que por dentro alumia
e se soçobrar
para deixarpara abandonar´sm termeta ou caminho ou vontade de chegar
aonde sóchega´meta derradeuira e primeira
quem só não teme
naufragar
e quem assim descreve e conhece e marca
pequenos pontos
vivos elemntos
são sublimes´tão cheios de vid aa s epartilhar
sabemos ouvir e reconhecer e ser
esses que sabemospor dentro entender
assim ouvidos assim prezados - pequena smelodias entre omentos cruzados
depois esvaídos´nos deixamoséntre todos os sentidos caminho para todos os lados
enquanto unidos ereunidosém circulos velados
assims avbeos onde estamos que estamos amparados que cuzd«amos
mares interiores
´maiores
estando no mesmo lugar´lado a lado
sentados...
coragem para não esconder feridasabrir portas fechadas comcoisas trancadasé iluminar veredas
tão esquecidastão ledas´quais caminhosde letras que sorrias
´quais etrelas que cintilam´na noite mais escura - d e nov vida
fogo de fulgor d aluz de amor
e quando se diga - que é loucura - qual facho em noite escura
qual adamastor toombado´qual aurora invocada no fulgor de vid amaior e mais hontrado
sementes d evida e louco««voráo ver teu rosto crescer