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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Poesia que escondia o dia na noite... noite nem pleno dia...



O Tesouro a descobrir está em nós...


















A poesia da vida
rima como tu a souberes ver
e fazer
e rimar



ler o circulo que nos anima
que nos ajuda a ir
e que nos convida a voltar

o segredo...

o nome da rosa
escrito
em poema
poesia
em canto
em nome de prosa...



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Cantigas antigas romarias... de vidas... discretas... tão plenas... como luas... em noites... amenas... rosas.... veras... nuas... as minhas... essas... as tuas...


Uma lagoa de prata
um lago de transparência
uma noite que nos lembre
a eloquencia

que delata
o dia a dia que passa

que te trespassa

com chama fria e pungente
desse primor de amor
quem em forma de gente se faça


um anuncio de ouvido
uma passagem entre o mundo
despido...

assim entre as águas renasça
a antiga e nobre
a doce forma que abraça...


uma águia voava
em peito de amor e espr'ança
uma luz vivia´no rosto de menina mulher e criança

um ser vivo se via
assim espelhado
assim querido
assim 
em vida abraçado

eram as gentes dantes
eram os rumores felizes
entre as paisagens assim inebriantes...

era assim lua e sol´sol e lua de amor maior
eram as vidas assim transmitidas
em noites divinas e luzes fugidias..

eram as rodas vivas
essas de novo se avizinham

são as nossas memórias
mais queridas
assim também
mezinhas para cortes suaves ou fundos
tratados com o esmero de mundos
esses universos inteiros 
em seus olhos - tão cheios
plenos de luz
em em colo de mãe
assim a dor reduz
a quem assim aspira

é em ti 
e em mim se abriga
depois 
em madrugada 
despida
se esvai 
sem nunca ser despedida

essa que a todos embala
essa que ninguém nunca tem...

essa que em nós é 
assim
simples
também...

suas palavras

suspiradas

suas manhãs claras 
essas tais passadas

prezadas

ainda tidas
como lidas
eis as lendas entre nós lembradas...


passaram os dias cinzentos
passando-se os tempos sangrentos
esse nos que nada se dizia
esses nos que o amor 
em nós 
se desvanecia

linhas e rodas e arcos
seres em seus puros barcos

esses que se imolam
nas noites em que o dia chora

essas aves cinzentas
assim em paisagens barrentas

assim iluminadas
plenas vidas
de novo elevadas


e festejar no reflexo de amar
e ver em teu olhar
esse sal
da alegria sem igual

essa luz de amor sem fim
esse o eco de Vida
em ti e em mim


olhos de luz serena
em mensagens da mar amena

olhares que trespassem
tudo aquilo o que por dentro fazem

olhares que assim revelem
tudo aquilo que não querem

olhares de vida e luz
olhares de quem não seduz

olhares de quem é assim igual
olhares por sempre
 por seres original
olhares além da mente
para a fonte que nos alimente
e sustente alegria tal

flechas de luz e fogo
entre ti e eu
entre nós povo



ninguém larga
a grande rosa


essa
a da vida
essa
a da via "fermosa"...


entre o nascer
e renascer
dos dias e noites
ainda por viver
relembrar
e recordar
os dias e noites
que tivemos de passar


um espelho silente
que nos contemple
de remorsos ausente

que nos veja
qual raio transparente

que semeia
vida eterna
no coração da gente


antes do que vem depois

uma via
uma vida
a dois sustida
a dois contida

assim como em promessa 
retida

em prenda antiga
assim doada

assim concedida
assim

disfarçada















sexta-feira, 24 de outubro de 2014

VOLTAR


e dizê-lo...



Caminhar num sentido
Apelar a uma direcção
Encontrar o suporte que importe
Dentro desse nosso
Breve coração…

Emoção de galo que canta
Que pela noite se levanta
E que a todos os outros diz “não”…

Eis o destino concreto
A chama de vida em peito discreto
Eis Portugal no coração
Esse galo que respira a tua
E a minha vida
Que não pare a nossa eterna canção


(nação eterna e imortal
Chama-se a este país

PORTUGAL)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O que vem do coração é real - as inventivas festivas da mente... quem sabe... certamente...

Cintila


o sonho de uma pintora
que é dama
é digna e senhora...



E se manifesta em dia ou luar…
Como uma gota que escorra…
Em pleno dia

De uma face amiga

Assim cristalina
Por nós
Em nós
A se iluminar…

que em idade
além vaidade
retrata o mundo que vê

sem assim duvidar
fotografias de vidas
trazidas
desde o centro de sustente 
de onde tudo se pode evocar




Ver assim essa tal face reflectida;
Qual essa tal transparência divina


flores vivas
feitas  pelas suas mesmas mãos
flores que lembram e apelam
ao que trazemos na escuta liberta
do que é digna vida em pleno coração

transformada em obra para quem veja
para quem saiba e ainda a queira

assim ajudar e a ajudar se 
ver, aprender quem sabe
se assim se ajudar a se saber fazer...


Assim em nós transformada…
Em raio de luz reflectida
… na tua própria vida

corrente qual rio salgado
presente


tantas flores
tantas vida
de si mesmas despidas

se mostrando
assim fluindo
no rio dos dias
que nos traz tanto

tanto 
daquilo que ainda estamos
quando as contemplamos
assim em nos sentindo...



na tua mesma face latente
a quiseres de novo olhar….


Rios de amar
Mar de amor


Rios de poesias
vivas

Hoje porém
...escondidas...

rios de nossas vidas 
transformadas assim  plamadas
assim pintadas
além de velhas ou novas caras


reflectidas
nos olhares iluminados de quem as veja
de quem preveja e de quem já o seja
em rumo que é da vida
certeza

nessa antiga e simples presença
que tanta vida em si 
ainda
concentra

eis a flores mais vivas de uma associação de gente querida
que tantas vidas assim alimenta

e que alimenta tantas vidas como vidas que ali se mostrem
se revejam, 
aprendam algo
que não mais se esquece 
palpitando  pairando em nós por nos 
- junto de nós - 
em todo o lado
Vida em aspecto humano
Sehumnao
assim
em qualquer lado

mais não longe de ti e de mim
assim ser Humano irmanado...


Algo que ainda poderá vir a ser

em terras de deste nosso Norte Maior
Por onde se escondem as brumas
por onde se mostram as tradições antigas
nas que estas nossas gentes mais queridas
nos poderão ainda ensinar
uma cultura , uma forma de vida
e um jeito de se ser e falar...

uma forma de vida e uma maneira de estar...
raízes profundas - perdidas- de novo a se mostrar

raízes profundas amigas
de novo a germinar...

ali onde menos se espera
jazem a flores de outras eras
esperando com a suavidade
desse seu aroma assim a se partilhar
com as histórias transcendendo as máscaras
essas que todos usamos, sem mais duvidar...


sábado, 18 de outubro de 2014

gestos banais - convergir imagens de espelhos iguais...


 
Uma flor sonhava
caminho de Vida
Essa a tal estrada
 
Por onde poder ir…
para lugar de onde
 
Desde sempre
Soube por vir;
 
Estranha forma de vida
Assinada na semente
Que dormente
Se fica
A pé… da estrada
 
Esperando a chegada
Esperada, anunciada:
 
Dessa a Luz…
Mais Potente
 
Assim ela desperte…
Dentre o seu sonho
Silente…
 
Que a mantinha…e a sustinha
Latente... assim… velada…
 
Estando viva… assim esquecida
Estando perdida reencontrada;
 
Procurando em volta e derredor
Encontrou algo que chamou sua atenção
 
Já não mais semente - assim – certamente
Ao se lembrar da sua essência de Ser flor
 
Assim se encontrando, mesmo a seu pé
Latente, pungente, qual som estridente
A raiz da sua origem… eis sua fundação….
 
Assim se revendo,
assim se olhando,
olhar atento
despertando
 
Se viu entrelaçada:
Entre outras flores
Outras vivas rosas
Novas iluminadas;
 
Outras vidas…
Tantas Vidas!
Escondidas… veladas
Entre as rotinas dos dias
Entre as estações aninhadas
 
Entre rotinas esquecidas
Nas estações… deixadas:
 
 
 
Da atenção requerida
Dessa devoção devida
 
Da opção assim estabelecida
Vida por vida
Raízes profundas reunidas…
Em novo rosto, reencontrada
Quando se pensava…perdida;
 
Assim de novo renascidas
Nas raízes tão, tão antigas
 
Assim se deixaram latentes
Quase como esquecidas
Quase assim…. Perdidas
 
flores de vidas
que espinham as vidas
que se aproximam
é com o gelo do frio
queimam
os dias
 
assim tão queridos...
 
 
Como Flores desse Inverno
Condenando… sempiterno
 
Tão Frias e Cristalinas:
Como distantes, vazias
 
Gelo que queima…
sem se poder ver
Eis o Ser Humano
A se desaparecer
 
tanto...tanto...
 
flores silvestres
que refletem
a luz do sol
o seu calor
a sua vida
a seu amor...
 
 
Essas nossas flores silvestres
Sendo eco entre nós,
Presentes
 
Flores que convidam a vida a viver
que traduzem Vida a transparecer
 
 
Que se estendiam baixo o solo
Entre o negro seu fundamento
 
Entre tal húmus discernimento
A Humildade assim estendendo
Além doutro altivo crescimento
 
 
tão intensa sua luz
que ofusca a vida
e a reduz...
 
 
 
 
Plantadas pelo vento
Filhas da terra
e do ar
e do sol e do luar
 
Filhas do sorrir, do ver do sentir
Do deixar ir quem se atrevia a passar
Sempre
Sempre
A iluminar
 
 
se eu tivesse sido o teu olhar
e tu as minhas mãos também
se eu tivesse sido o teu respirar
e tu não tivesses
nem perfume
nem ninguém...
 
 
 
vidas
Sendo elas mesmas a Vida
 
 
 
Transformada… em perspectiva,
olhando filhos e filhas
Em seu derredor a fruir,
em via de vida a seguir
 
Essas que – desde sempre – ali estiveram
Que mantêm sinalizada a via vera
e assim a mantêm – além de ideias vazias
quimeras tão estendidas em nossos dias
Por a vida assim nela alimentar
Por serem a Vida na vereda
livres a germinar
 
E vendo então suas raízes sem fim
Espelhadas por entre recantos mil
Esses lugares,  canteiros primeiros
Que levavam a lugares esquecidos
Que sendo os primeiros,
parecem assim derradeiros
 
A recantos do jardim
 que se julgavam perdidos
 
 
Encontro e sintonia
 
 
na duvida
na ultima marca
quando corres em prol da esperança
avanças
 
quando encontras caminho
nomeio da noite escura
o ninho 
da vida
 
e
a danças
 
quando te dão nota
 a cantas
 
e te avaliam
 
pela tua dança ignota
assim se guiam
 
pela tua pauta indefinida
pela tua voragem
nunca contida
pela criativa
chama
 
assim vida em ti proclama
 
qual a nota que defina
a vida inteira em ti sustida
 
assim é
"esperadança"
 
e além dos conteúdos
dos definidos
e dos ainda desconhecidos
tu és VIDA
 
 a mostras em eterna dança
entre a arvore da vida
espirala
 
se desdobra
se reúne
se transforma
 
entre o que tempo mede
e o que o tempo ilude
 
sendo e desaparecendo
entre uma e outra volta
 
assim de novo
renascendo
 
ali
no entremeio
 
algo se passa
a vida de novo
se abraça
 
ninguém viu
esse algo acontece
para quem a melodia seguiu...
 
a vida aparece
 
em si,
por dentro
espelhada
 
és VIDA
que nem é mais jovem,
nem criança
nem nada
 
VIDA É...
 
e não acaba
 
"esperandança"
espirala
 
dança na árvore da vida
entre a floresta sagrada...
 
 
 
 
 
 
Entre o calor do amor e aterra fria
Encontro, melodia entre a luz do sol
A clareza do dia, noite que se anuncia
 frio de temor, rumor da vida que se esvaía
 
Que a lua guarda e assim mantém
Nas veredas dos dias e noites
e apara quem assim guarde
E aguarde também…
 
Também em sua forma
de dia…
Encontrou vera magia
 
Encontrou quem não se perdia
Ainda que aparente
Vera Rosa silente
 
Silvestre e eloquente
Fria ao mesmo tempo
Quente
 
Ali se ficasse
À beira do caminho
Olhando quem passasse
 
Sem que quem passasse vira
 
As raízes que a uniam
A toda a sua prole
Estendida
Por onde o sol ainda arriba
Aos portos da boa sorte
 
 
 
E mesmo de entre noites frias
Raiz com raiz assim encontradas
 
Assim aquecidas enquanto
Por si entrelaçadas
Mesmo no estio mais frio
Assim sendo Vida em leito
Vida de forma efeito
Tendo aparente adormecido
 
vida enorme´tão vera´que se mostra e se demonstra´na força mais vera
 
entre os ribeiroséntre os montes de lugares
tão belos
 
entre o canto de enco«aanto que seduz maril«nheiros
 
como os vales que se coroam
 
de coroas de foores
 
sendo estes tão altos como os mom'ntes em volta
 
sendo tão firmes´como as rochas
que os suetm
que nos sustêm e evocam´raizes tão simples
entre bocas
que se cantam
e encantam
e encontram
quando se tocam
 
como um suspiro
de brisa e de brio
 e de vida
simples
incontida
entre os ecos
de todos os nossos dias
 
entre a própria Natureza viva
nossa água em espiral
parece entre todos os dias
nunca igual, nunca igual...
 
nunca se apresentado assim em singular...
arco iris vernal
como se todos se alinhassem
num canto de encanto sempre par
 
líricas de trovador
que fala de vida
que fala de Sol
versos que entrelaça
mundos submersos
que assim alça
 
em palavras
suspiros
de beijos a
assim trocadas
 
quando por ti lidas
assumidas
e por dentro rezadas
 
beijos de todos os dias
nos unindo
em roda
como crianças
livres
em festejo que não se termina
e nunca
nunca
acaba
 
 
 
espirais reias
de beijos tais
que se tocam
sem se tocar
que se reúnem
sem se olhar
que se tocam
e se deixam
entre quem souber
amar
 
falando desse tal...
amor...
não é meu
nem é teu
é de quem o souber
viver...
 
 
 
 
não tocada
Nem achada
 
Raiz das mais belas flores silvestres
Por toda a nossa terra plantadas
Assim por essa luz vera abençoadas…
 
Olhando assim quem passa, olhando sem se ver
Tanta gente passando, por outros trilho optando
Permanecendo elas a Flor de Vida
Rosa silvestre por entre o mais agreste
Perdida, aconselhando quem se preste
Por sempre amiga de quem porte em si
 
A Vida de Rosa livre te querendo
Rosa da nossa alegria e sustento
 
 
os teus poemas são como versos que navegam pelas minhas veias
dispersos
até se fazerem palavrassem risos abertos
em momentos partilhados em recantos secretos contados
 
como umduende que foje por entre a jab'nela dos teus olhos abertos´quando refelctem os sonhos´meus sempre´sempre despertos...
 
 
 
Descobriu ela – como eu um dia
nossa rosa entrelaçando as vidas
 
Esta nossa flor de amor
Que tudo era…
Tudo ou nada
Ou nada altiva
Um serde alta envergadura
De grande compostura
 
Que cobria a luz com seu querer
Que recobria de vida ao simplesmente o ser….
 
E assim olhando
Sorrindo como sempre
A este ser
Passando
A rosa
Seguiu
Sendo o que era
E o que passava
Foi além
Em busca de sua estranha quimera
 
Foi ai que a flor em si percebeu
A força da vida
Algo tão meu como teu…
 
 
 
como um raio de aurora
que o ser senhor ignora
 
nos trespassando
a vida inteira
assim se mostrando
 
como uma brisa
que nos pareça
 
e que se transforma
assim...
em humana forma
 
sem pressa
 
algo que não é a velha certeza
é a
VIDA PURA
em
NATUREZA
 
algo que nos transporte
nos leve
além do horizonte
 
dos sonhos e da esperança
até ao cimo desse monte
que avida
em visão alcança
 
o centro da vida
do monte
do coração
do alvo
da flecha encravada
 
lançada
pelo arqueiro silente
em tua mão entregue
por ora ausente
 
vida em vida
 assim transformada...
 
algo que se rima
é se guarda
se mostra desde dentro
e desde fora
se aguarda
 
 
 
que esperança assim carregue
quando o nosso passo cede
 a força se esvaece
 
algo que depois
quando anoitece
se reacende
e como chama viva
entre anoite escura
de novo acontece...
 
lembras como sucedeu
quem te deu a vida
e te fez assim
vida...
ainda...
 
sustida
 
esperando teu momento de germinar
esperando o alento
para apalavra viva assim poder voar
 
de boca em boca
sem se falar...
 
 tu gota de água viva
que és  da vida perspetiva
 
és mar de amar
 maresia
quando amando
 se anima
 
entrelaçando
ondas de viva espr'ança
onde a vida vive
e o olhar sempre alcança
 
 
 
é o suspirar
de um beijo
por um olhar
que não vejo
 
és o anoitecer
entre a bruma que mais não nos deixa entrever
 
por hora figuras esbatidas
entre a noite
danças vivas
quem o qual que no dia desperte
a flor de virtude que na noite se perde?...
 
 
figuras esbatidas
entre os dias
 
a mesma água
mesma vida
que assim
se julgando perdida
espirala
dançando  se eleva
 
nos transporta além da fria treva
 
se transforma em ser de vida
 
sendo criança
viva
emperatriz
 
sem mais
 
sem coroa, sem manto, sem trono, sem rivais
VIDA SEM MAIS
 
que nos fala ao ouvido e aconselha
 
O SER
em ti
e
em mim
 
nem se perde
nem se esvai
 
 
 
além desse arco de velha
da lua que jaz na noite
 
tão séria
 
pinta a gota
na sua alegria
um caminho
uma via
de vida
 
entre o próprio dia
quando assim se descai
força de vida
que em ti e em mim vai
 
recai
 
em amor se entretece
e em sonhos de amor
se desvanece...
 
para no dia seguinte voltar
Ser
Aurora coroada
em teu e meu olhar
 
eis s. João a luzir
multiplicando pão e peixe
 
 
 
traduzindo
o que não se pode assim dizer
apenas viver
 
sentindo...
 
 
parte de caminho de vida está escrita
a outra parte
ainda latente
desde o lado do espelho
PRESENTE
que é Vida
( assim dita)
 
 
 
 
E olhando
Por cima
Das nuvens que pareciam eternas
Sempre presentes 
sombras de invernais flores
Senhores dos dias
Sombras esguias
Viu a luz que não se apaga
Enquanto as sombras das nuvens passavam
Essa assim ficava
 
Vida tão simples e iluminada
 Era a agua de vida
que se transparecia
não eram gigantes
Era o som da vida
 
Como o era d'antes
voz que desde o alto
a chamara
assim
depois
desfeitas as confusões
De ver além caras
 
ver CORAÇÕES
 
 
Se ama - lia
 
se amor- via
se amar- certamente
se amor é presente
 
se Rosa - lia
 
se regatos
deixava
enquanto assim falava
 
que avida se esvaía
neste e noutro lado
irmã
a cotovia
 
e assim contava
como a vida neste e noutro lado
em flor se espancava
 
que romano de castelo
castelão de castelaria
 
uma e outra dizia
que não via
não via...
 
pois esse amar
de amor
 
não sentia...
não sentia...
 
 
 
quando a vida se despe
de
algo que é bem seu
que sobra que se possa
depois comprar?...
 
 
 
A rosa silvestre
tão simples
Quase como mestre…
 
Mestra de vida
que assim anima
 
de quem falam os fados
quem marcam os seus pequenos encantos
de quem são os cabelos contados
que aninham as crianças
em noites de relâmpagos
 
rasgados
 
de onde vem o canto de encanto
que se estende por todo o lado
 
que é lume
que queima
sem se ter assim tocado
 
quem inunda  avida devida
quando vida é
 
quem falta nas noites
quando a vida assim se crê
 
"adevinha"
numa outra poesia entrelaçada
 
uma história tão bem contada
que se fala em mares não navegados
em feiticeiras
de outros nomes em língua dita antiga
contados
que desertos de morte
assim
juntos passamos
 
que chão ou horizontes juntos
navegamos
 
qual o deserto de morte
que a Norte se estende
qual a gente
qual a nossa eterna gente
 
Olhou
 
por dentro tanto ... tanto
 
flores vermelhas era plantou
nesta terra
que nenhum deus nomeou
 
 

E la no céu a luz do Sol
finalmente encontrou
 
Enquanto se espreguiçava
Em sua primeira manha assim achada
Depois de passar
De dormir a despertar
 
Depois de lembrar
Que sendo semente
de rosa a se mostrar
 
 
duas cadências
que falam
da mesma tradição
 
no seu canto expedito
uma engana
trazendo a vida para outra
rama
 
a outra fala
da virtude
que assim se ganha...
sem nada se ter dito
 
qual das duas a mais formosa
qual das duas a mais valorosa
filhas de eras passadas
 
umas e outras
flores veladas...
 
 
De pois de deixar ir…
O Poder e aparência do ser...
 
de se aperceber...
 
 
 
ainda que vás só
em companhia
às de voltar
 
na companhia de teu irmão
és a lua que se adivinha
que mergulha na água fria
e que regressa na manhã
 
quando o sol rejubila
pela sua madrugada nova
 
além da irmã mais velha
que ainda assim ignora
 
até ao dia
noite e dia
sejam um só
 
uma sintonia
entre a magia
 
do que se esquecia
e amor que nos sustinha
e por dentro permanecia
 
assim aquecia
o dia a dia
da rotina fria
 
e as torres
de pedras antergas
 
brilhariam
 
tanto...
tanto...
 
na alegria
de novo
nos ver cantar
 
e juntos
de novo 
como um só ser
 
nessa única noite
dançar
e
dançar...
 
 
Depois de ir além
do que era perto
 
partem em voo
discreto
rumo ao céu aberto
 
deixam os bancos vazios
velhos esguios plantados
 
dos seus próprios filhos
em dias antigos amados...
 
A sombra lhe dizia ser certo
ao compreender essa Vida:
Que bate sempre por perto
então viu em reflexo
A luz do sol
Esse livre
 
liberto
em tua mão
mão com mão
um beijo em mesa redonda
assim passado
beijo consagrado
 
nem julgado
nem conspurcado
 
por que o visse assim
transformado
 
uma malga simples
de sangue de gente humilde
 
meu amor
 
na tua mão
liberto
 
o peito aberto
assim perfeito
 
ao dizer assim
sim à vida
 
o teu olhar primeiro
 
esse olhar que nos demos
o amor primeiro
que não lembramos e que sustemos
 
que perfeito coração
que assim como um só bateu
assim se volte a ouvir ecoar
de quem não esqueceu
 
nem esquecerá sintonia viva
que assim e pode
provar
como possível
de novo
de
 
se encontrar...
 
 
o meu coração...
 
em teu
um só olhar
assim em vida
aconteceu...
 
 
Que é sempre
Em teu peito
Liberto…