No que a flor de esperança – de vermelho vestida
Se transforma em criança – entre o azul perdida
Assim se eleva
uma estrela
No céu Fugidia
Como Lua de Eras
Antigas…
Esquecidas
Assim aparecem flores
Gentis
Flores silvestres
Que nem se contam
Nem se investem
De tanto garbo ou primor
Que portam em si a simplicidade
Da Vida e do Amor…
Que passando nos sorriem
E nos deixam depois seguir
Que assim- felizes atingem
Esse tal tempo
Esse tal por vir
Que nos tocam no coração sem manha
Da flor de estufa
Essa que apanha
Na sua teia de aranha
O viandante esquecido
O viandante perdido
Flores silvestres de encantos mil
Flores do meu pais
Flores da terra que ninguém plantou
Flores que marcam caminho
O antigo caminho que
por aqui
ainda
ficou…
Algo que se apercebe
para quem ali ainda espere:
o seu sorrir
o seu florir
a sua graça gentil
que nos toca e afaga
dentro tristezas apaga
e não nos pede nada
simplesmente o seguir
com a esperança
e voltar um dia
à posança
de voltar um dia
assim
também a sorrir
por dentro
assim
também
aprender a ser
como essas flores
à beira do caminho
escondidas
entre este nosso Minho
seja tempo de sol ou de frio
por ali
se mantêm
alegrando os passos e a Vida
de quem - em vida
nada tem...
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