Flores garridas
mil cores vestidas
Como as fotografias
Que oscilam nas paredes
Como as pinturas
De outros dias…
que nos falem de outros saberes
São lindas e assim se mostram
Por vezes com espinhos
Para quem assim gostam
Para se saber colher, assim olhar, ver
Eis a sua subtil maneira
De em silêncio se fazerem entender;
Para se chegar, devagar
Aspirando esse aroma,
Assim nos fazendo sonhar;
Para apreciar
Com detalhe
essas pétalas
A nos acariciar
A vista por dentro em suave sustento
Essa Vida em nós, assim a se embalar;
A se mostrar…
pouco a pouco;
Devagar, como numa Primavera
De luzes veras
Tímidas como donzelas assim do sono a despertar
Assim se abrindo, e por dento se deixando olhar…
Assim também nós a crescer
Pouco a pouco, sem se notar
Sem se se saberem
em lugares escondidos a serem,
canteiros Vivos assim a se juntar
Como ramos floridos
Dos arbustos antigos
que a própria Vida
fez assim preparar
E nos segredando
Convidando
ao ritmo do passo
esse nosso passo,
a caminho desse tal abraço:
tanto o que é ali esperando!....
esse o caminho a nos abeirar
nesse ritmo, cadencia
suave
vidas de novo a saber dançar
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