E – quando transcende.. além do frio betão se estende – o nobre soldado, com o seu furor sublimado – vê e
vivencia e transcende a própria vida – integrado – e o ultimo sopro partilhado
anuncia – às flores de vidas que se pareciam… “São Todas Belas” e expira –
entre elas se ergue – como estrela guia entre um mundo de estrelas por sempre
sentidas…
Mais além da porta – já aberta – uma luz entra e nos refaz
Uma luz que dissolve a treva, que nos mostra a nossa face
A face vera e bela – que por dentro nem treme nem teme
Essa que, dormente, é ternamente presente, essa donzela
A que zela, passando o dia e a noite em vela,
A alma inteira guarda, transparente aguarda,
a tua opção, coragem que advém do coração
Uma força que não se comanda em vontade;
Como os Delfins que saltam e se entrelaçam, e em risonhas
reviravoltas vão e voltam – nessa dança sem igual – manifestando uma força que
se vai mostrando – desde o frio Estio de se estar ao abrigo da "persona" que não
se quer largar, até ao cometimento do quente
momento que se faz jorrar – pungente – como chamarada quente de vulcão…
até voar juntos e pairar – como delfins se entrelaçar e assim – pouco a pouco
almejar – uma maior integração em plenitude na Vida, no sopro que a motiva e te
anima – nos anima a todos a “dançar – e entre a dança – enquanto sua verdade
avança – o ser Humano – eterna criança – compreende – quem está a comandar –
quais os fios que nos impelem a assim estar – quem comanda os passos que nos
estão a nós a guiar e o sentir além do sentir que nos eleva a onde queremos ir
sem sequer o saber ou o recordar… se esvai
o momento –fica a saudade e o breve lamento e a vontade de “ali voltar”
a esse nosso lugar – elevado mais além do firmamento – talvez escondido por
dentro – concretizado em pleno partilhar – de quem assim se entregue para a que
alma que segue – possa em fim recordar e de novo – voar… voar – bailar –
pagados – és bailar… mais não separados…
Dois seres num mesmo lugar
Que se encontram e juntam
E assim se casam sem cessar
Vêm ambos assim se entregar e mergulhar;
Entre espaços que se repetem sem cessar…
Entre os tempos se perseguem…
No centro a reencontrar seguem
A fonte e a origem, a força e vida
Eis nascente de água pura, fluida
dentro nos de novo a se vivificar,
Eis a donzela dormente
Na sua torre em rio corrente
Transparente como o mais puro cristal
Íamos avançando, seguindo, aspirando – mão em mão – de irmã
já de irmão – caminhando por entre as águas desse “Amar” – tanto – sobre as
aguas caminhando…
procurando esse Sol de Vida que a Oeste renasce – sem barca
nem remos nem velas – íamos navegando…
pelas terras mais belas… até chegar à pátria anunciada, até
chegar à costa bem amada – sendo um sendo dois os que partiram – sendo algo
novo à chegada…
Amor Maior de Vida em si mesma transformada…
Eis a transmutação real
No Cálice original
Da água da alma que flui
Em vaso de cristal
E da coragem que se propõe;
Nem se limita nem se impõe;
Ao Ser de sua essência igual…
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