Como um coro de vozes, entrelaçadas - sendo uma e mil vozes - como nos pode assim elevar quando estávamos
nós tão perto de por nós tombar…?
Como nos toca – por dentro – esse algo que a alma evoca e
eleva e em cores – em jorros de vida – a vida leva…
– como um rio-
fluindo, sendo… existindo – para o
grande mar superior se abrindo– ascendendo, reacendendo todo o céu desse Dia Bem
melhor - nos cobrindo... da luz interior
- que o louvor maior deposita - em cada ser que mais não hesita - e se entrega de forma plena e assim levita...
Que força jorra desde o coração humano, qual a delicadeza
que se eleva de um tal ser profano…
Continuamente aspirando ao alto… subindo sem maior
sobressalto… se elevando… espiralando… com graça, entre as divinas graças
flutuando…
Qual o som sublime que nos atinja e fulmine?...
de espanto!
– desse amor tão grande… do Ser … e querer e mais não poder…
abraçar tanto… !
e tantos!…
Que essa força sublime nos eleve, que esse furor em ti – te
enleve…
Mais além de etnias, de credos ou separações… mais além dos
dias, dos tempos – os CORAÇÕES..
Ecoando – silentes – cantando – entoando a sinfonia de
outros tempos… a melodia dos dias entre as esferas do firmamento…
Antífonas de Gloria – em cada vivida e Humana História…
Voa pensamento – voa.. livre do tempo e da memória… voa para
onde a alma clama, para onde o coração chama
– para onde a coragem mais não acaba – viva chama – puro fervor
– viver e esmorecer – por louvor e Amor Maior…
E de novo surgir e voltar e reluzir – entre o Humano ser
regressar – e assim – entre coros de vida e virtude – estender as nossas asas –
e voar… e VOAR«!...
Voa pensamento voa – para casa o nosso eterno lugar… a nossa
voz eterna – a melodia das eras de novo a entoar…
Voa pensamento… VOA!
Que fazemos - quando juntos – cremos
Quando juntos – podemos
Quando
– juntos –
No reerguemos:
mais não separados –
nós reencontramos e novamente abraçados?...
Qual o coro de anjos que se ouve – sublime – e mais além –
não exprime –
Se sentindo, se entrelaçando, espiralando e neste esplendor
de vida e amor – nos elevando…
Juntos – sempre juntos – irmanados:
– mais além dos frios horizontes – vivos! – onde outrora
estávamos – aparentes - apagados…
E desde a profunda e sublime luz – desde o alto - e que assim em
vida, por dentro reluz
Cantamos – de novo nos encontramos – entre asas silentes e risos
perenes
- Presentes – eternos…
assim nos mostramos…
Que força nos eleva
que força já rasga a escura treva
para que a alma assim mais não tema?
Qual força
de Amar Maior
É em ti
e em mim
´
E se faz Maior...
Quem se disfarça… quem brinca – contigo e comigo - como uma elegante garça
– entre um lago
espelhado, no peito lacrado… como uma criança junto a um mar irado…
E ri e sorri e se eleva e dança – em passo de garça – em
ritmo de esp’rança…
- em riso vivo e despido – de pleno Ser humano de novo
vivo…
– ser adulto e
criança de quem vê com o olhar de quem crê e avança…
Reentrando no Elísio,
Ébrios do fogo de amar…
Reentrando no puro e frio lugar
Antes de – em nós e connosco
Assim de novo – se iluminar
Entrando num céu que era oco
Para em vida o poder decifrar;
Por amor assim encontrando
Aquilo que nós cegos
Assim não conseguimos achar
Ouve o surdo melodia de eras
Entre os aplausos e quimeras
consegue em euforia reentrar
convidando aquele e aquela
Tudo aquilo que eras
A assim acompanhar
Quem se entrelaça assim e assim, em nós – além - nos desembaraça - do escuro temor, de abrir o peito em amor e deixar atrás esta névoa que passa...
Quem flui assim de entre os tempos, e – como chama viva – desde o
profundo se erguendo, reanima assim de novo nossos tempos…
esses os veros momentos, nos que a Vida tem vida além vida…
E assim algo aparece… e assim nos parece… que a noite inteira em chama se cresce…
como luz viva para nos redimir …Vida em nos a se exprimir… e se transformar...
e através de nós, assim também nos tocar….. e como um fiel abraço… de quem se encontra além tempo
e espaço… assim se traduzir…
como luz vibrante – desde o mais profundo instante… até ao
céu mais iluminado
– esse que luzia antes de ser assim nomeado – como céu para
nós assim de novo estrelado
– quando era nosso lar, desde sempre amado…
agora – nesta mesma hora – nessa nova luz... em ti... a Ser... recriado
– a se transmitir…
sem se saber como – sem nos tocar ou ameaçar… ou obrigar…
a nos ouvir por
dentro, a nos convidar a novo fundamento..
a cantar e dançar e em roda de novo
em êxtase ficar
– luzes devidas entre
celeste esfera reunidas numa nova oração
– que nasce por dentro do coração…
devoção das novas esferas de luz além quimeras...
tremeluzir… e traduzir.. além do pensamento fluir... e ir ao que tu - em verdade antes eras
entre o céu que era
rasgado, entre o mundo novo que se julgava apagado
– agora novo e - de novo- iluminado…
– assim unidos,
reunidos - mais não separados…
reino esquecido, aberto para quem já não sente o
perigo…
NOTA:
para outros, ainda em “ser fechado”… no medo, na duvida e no
descrer que exista tal lugar abençoado…
– aberto por dentro por fora lacrado
para quem o souber ouvir… ver… sentir… viver… partilhar… e assumir…
assim lugar consagrado
- primeiro terço fechado...
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