ao
som de uma canção
das
augoas ao som
dessas
augoas que reflitam
assim
o brio a flor de esperar
ora
de
esperança
e
as
chamadas
(p@r @ p@r)
dos
nomes que sendo
assim
ramagens verdes desse verde brio
ainda
sejam
condescendendo
em sua hora
sem mais demora
se
saibam
re-ergver
por
entr'o o frio
cumpriu-se o amor
assim qual quer fez
assim doce @margura
amor
de lágrim@
em cálice
de ter
ra
amais
pura
qv'inda o olhar
obscurece
quando nu@
no horizonte
Oceano pranta
- o pranto!...
- e @! soidade!...
e @! saudade
sol
e idades
amais
non
es
mor
e cer
assim - ser que te almeja sem ter de estar
apalavrada apenas mais além do tempo
desde castelos mais velhos livre...
sempre a imagem dessa tal vida
@o ser estar de @ onde @ ar
- ainda bem diz... assim -
... tal qual @ honrar...
amor amigo... amar dentre o frio ao ser amad@ ao permanecer amarrad@
- uma tal - nave carabela ou face antiga - testemunho deste lugar
- de moinho de Minho e Ninho deste nosso mundo...
de ver a rodar... em danças que ainda non se apagam... nem se olvidam... nem se conseguem... descrever
assim rapaz rapariga -- vir@ laranja e limão... ao renascer em vida qual ser -sendo irm@n
- flores estas - que também nos bem que digam - se sim ou se não quando de amor amargura quando de amar amargarid@ assim amor desses esponsais... aos serem tais... prendas e mais
- presente @ ser @!
nascente desde ess@...
pas
s@
da
do
que se reflecte qual
quais aguas promet@m
num mais
bem futuro assim @ sua nascente
ess@ seu lado
- e fruto e futuro quais a semente e flor
- rosa aqui sempre -
que sendo
assim
terminado
- qual cravo mostre também o caminho dessa...
@ augoa... fluída... toda tuia... toda minh@...
ess@ VIVO e SER VIVENTE...
que segue sendo lado a lado...
margens unidas incontinentes...
mais non send@s sep@radas...
reunidas sendas as mais antigas estradas veredas plenas
as nossas as vossas palavras assim quais ver passar
brisas marinhas
sutidas pedras
bolir e saber honrar
ecos desse tal
passo nunca dantes nomeado
ecos desse tal
ser escassos
por entre tanto e tanto
passado - passo dado
pedras que o tempo
entreo rio em seo ventre
tenha ar
red
onda
do
por
o ser
VIVENTE!
apenas...
contr@stes
desse...
deste
@@
nosso
viver...
por entre
espaços
e passos...
desses ecos...
qu'nd@ no lo dizem...
que bem... consigo...
ora comigo seguimos...
'nda a caminhar...
sem deixar de esquencer...
esse tal (lugar o fogar)...
@ raiz!
@ origem!
@ percurso!
...
por entr'a vertigem e o alvo...
sem ser de ter em flecha...
@ passar por entre passos
d'arco, @ barcas...
@s mais profundas...
augoas nossas doiradas...
augoas livres...vidas ainda...
... por ver... ressurgir...
augoas tuas
ora's minhas
minhas
nossas
augoas!
assim
ao saberem
conseguirem
ao ser e verem
e
saber
em si
recon
hecer
@
o
sor
rir
(em)
que bem se v@nturaram... a passar...
d@ mundo @ mundo... somos nós que ainda alentamos e bem mais @ lembramos...
- assim...
qual @ cont@r
desse migrar...
povo peregrino...
"celta e bem estimado"...
- sendo lus@s nessas augoas @s mais bem navegadas...
sendo hispano dessa tal barca - que jamais se determine e menos bem se termine
esse nosso vosso
@
mare
nostrum
@ legado
- que assim -
se ainda ouve a trovar em cântico... "inverso" ... ali @ mais além mundo... inteiro"
@ es s@ saber.!...
aind@
-
EV@C@R...
FERNANDO PESSOA -POSSESSIO MARIS -
II. Horizonte
Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
’Splendia sobre as naus da iniciação.
Linha severa da longínqua costa —
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp’rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte —
Os beijos merecidos da Verdade.
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